A bolsa de valores de Nova York experimentava uma prosperidade sem precedentes no início da década de 1920. As empresas emitiam ações para financiar seus projetos e as pessoas investiam pesadamente, na espera de lucros fáceis. Essa situação contribuiu para que a valorização das ações chegasse a níveis absurdos, sem ter uma base sustentável.

No entanto, em 1929, a economia americana já apresentava sinais de desaceleração, com o aumento da concorrência e a queda da produção industrial. Como consequência, muitas empresas não puderam honrar com suas dívidas e foram à falência. Os investidores começaram a retirar seu dinheiro da bolsa de valores, gerando uma grande queda nas cotações das ações.

Em 24 de outubro de 1929, conhecido como Black Thursday, ocorreu um colapso na Bolsa de Valores de Nova York. Naquele dia, o mercado sofreu uma desvalorização de 22,6%, o que gerou uma grande explosão de pânico entre os investidores, fazendo com que muitos deles vendessem suas ações a preços muito baixos, com medo de perder todo o dinheiro investido.

Com a quebra da bolsa, o cenário econômico mundial logo se tornou catastrófico. As demissões em massa se tornaram comuns, mais e mais empresas foram à falência e a economia entrou em uma grande depressão, conhecida como Grande Depressão. O desemprego atingiu níveis históricos e a miséria se alastrou por todo o mundo.

Os governos se viram obrigados a intervir, adotando medidas drásticas para tentar controlar a crise. Uma delas foi a redução dos gastos públicos, o que agravou ainda mais a situação. A crise só se estabilizou com a ascensão de Franklin D. Roosevelt à presidência dos Estados Unidos, que implementou o New Deal, um programa que visava estimular a economia, gerar empregos e reduzir as desigualdades sociais.

A crise da bolsa de valores de 1929 é até hoje considerada um dos maiores eventos econômicos da história, tendo impactado não só a economia americana, mas a mundial. Ela deixou uma lição importante, mostrando a necessidade de se ter regulamentações e medidas para evitar a especulação financeira excessiva e garantir uma base sólida para as operações do mercado de ações.